quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Formação no Ambito da Segurança Privada

A Anthea Informa vai iniciar dia 15 de Dezembro, Formação no ambito da segurança privada módulos 3,4,6 com a Parceria da Mentapurada.
Inscrições são Limitadas, Informações na nossa sede.


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

formação no âmbito da segurança privada

Ultimas Vagas.
A Anthea informa que dia 29 de Setembro de 2012 vai iniciar formação no âmbito da segurança privada módulos 3,4,6 com a parceria da mente apurada. Inscrições são limitadas, informações na nossa sede

Anthea - Vai Assegurar o Serviço de Segurança do Campeonato do Mundo Rip Curl Pro 2012


Anthea - Vai Assegurar o Serviço de Segurança do Campeonato do Mundo Rip Curl Pro 2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Anthea - Assegurou o Serviço de Segurança no Lançamento da Coleção Swatch Chrono Plastic 2012


Anthea - Assegurou o Serviço de Segurança no Lançamento da Coleção Swatch Chrono Plastic 2012, nos Jardins de Belem

Serviço decorreu dentro da normalidade.

A todos muito obrigado

quarta-feira, 11 de julho de 2012

A Segurança Privada em Portugal (Parte II)

Na senda do post anterior irei continuar a realizar uma análise ao estado da segurança privada em Portugal.


2 - Agentes de Segurança Privada


Agentes de Segurança Privada, Vigilantes, Pessoal de vigilância, são apenas algumas expressões que tenho ouvido enquanto formador e Director de Segurança Privada. 

A expressão correcta, e a que usa o legislador em toda a sua sabedoria, é "vigilantes de segurança privada". Como tal, expressões como Agente de Segurança Privada não se me afigura como correcta, até porque poderá induzir o cidadão que não lida com estas matérias diariamente em erro. 

A expressão "Agente de Segurança" é indissociável de uma função pública e que protege os interesses do cidadão conforme está consagrado na Constituição da República Portuguesa. 

O Vigilante não tem uma função pública, muito pelo contrário. O Vigilante actua de acordo com os interesses e desejos do Cliente. Pese embora o facto de existirem normas que obriguem ao dever de colaboração e a colocar os meios disponíveis ao serviço das forças de segurança pública, não confere aos Vigilantes nem às empresas de segurança privada qualquer atribuição pública. Confere-lhes apenas uma atribuição subsidiária que não tem grande relevância, pelo menos em Portugal, para a manutenção de ordem pública e prevenção de ilícito criminal na generalidade dos casos. 

A caracterização do vigilante que exerce actividade nesta área é deveras complicado, senão vejamos:

- A formação requerida pelo Ministério da Administração Interna é débil;

- Os requisitos académicos para o exercício da actividade são parcos;

- A verificação da condição física dos vigilantes é pouca ou nenhuma;

- A formação interna das próprias empresas é excepcional, só se verificando em empresas consolidadas neste mercado;

- O ingresso nesta carreira nunca é uma primeira opção e na generalidade dos casos em regime parcial;

- A formação pessoal muitas das vezes é escassa;

- Não existe união entre os vigilantes.

Não quero de todo dizer que todos os vigilantes são maus profissionais. Como em todas as profissões existem maus profissionais, profissionais que cumprem, bons profissionais e excepcionais profissionais. 

Por muito que me custe dizer a generalidade dos profissionais deste sector são profissionais que cumprem, não se preocupando minimamente em defender o seu posto de trabalho, uma vez que a rotatividade de profissionais entre empresas é bastante elevada. Não defendendo o seu posto de trabalho o vigilante coloca em risco o posto de trabalho de colegas que se esforçam e que lutam diariamente pelo seu sustento. 

Um profissional que constantemente não chega a horas, não se "atavia" correctamente; não tem as mínimas condições de higiene; não conhece os seus deveres e direitos, não pode ser considerado um colega. Este suposto profissional esquece-se que não coloca apenas em risco o posto de trabalho dos seus colegas. E os seus filhos? E a sua família? E as suas obrigações legais, como por exemplo o pagamento da prestação da casa ao banco? 

Contudo, e sejamos francos, quando o cliente reclama e/ou revoga o contrato de prestação de serviços com justa causa, a maior parte das vezes a gestão operacional das empresas não têm conhecimento porque os tais colegas decidiram não querer saber.

Esta mentalidade de cada um por si tem de ser alterada. Urge criar uma identidade própria para a segurança privada que ultrapasse o egoísmo e a mesquinhez generalizada.

Porém, esta identidade não se cria, como porventura quererão fazer alguns crer, com câmaras de segurança privada ou com constantes lamurias de projectos mal elaborados de sindicatos. Esta identidade cria-se com orgulho em vestir um farda e exercer a actividade em consonância com a legislação e valores existentes.

Bem sei, e estarão alguns a pensar, que a generalidade das empresas de segurança privada não são sérias e honestas. É um facto indesmentível e comprovável ao longo destes últimos 20 anos. No entanto, também é verdade que existe uma fatia de vigilantes que, ou não são sérios, ou não honestos, ou são pouquíssimo profissionais.

Não perfaz 10 minutos que recebi na minha caixa de e-mail uma newsletter a informar de que o sector da vigilância privada não vai receber aumentos. 

Pois, bem vistas as coisas e estando atento à conjectura nacional e internacional que atravessamos outra coisa não seria de esperar.

No entanto, gostaria que reflectissem nos ordenados praticados a nível nacional:

- ordenado mínimo nacional - 485,00 €

- ordenado pago pelo Instituto de Desenvolvimento a um Arquitecto - 500,00 € - Recibos verdes

- Advogado Estagiário - 0,00 € (ainda paga despesas) - Recibos verdes

- Qualquer licenciado que entre no mercado de trabalho - + - 600,00 € Recibos verdes/estágio

- Vigilante com escolaridade obrigatória - 641,93 €

Poderão argumentar que a vigilância privada é uma profissão de risco e que os ordenados ainda são abaixo do razoável. Naturalmente são livres de o fazer. 

No entanto, gostava que reflectissem um pouco sobre o assunto.

(continua)